Tábuas de corte são utensílios fundamentais na cozinha e podem ser de madeira, plástico ou vidro, mas por serem utilizadas com frequência podem servir como ponte de transmissão de microrganismos. Então, qual a melhor tábua de corte para cozinha?
A placa de corte melhor deveria ter algumas características:
- Facilidade de limpeza;
- Facilidade de desinfecção;
- Facilidade de corte (não acabando com o corte da faca);
- Fácil manuseio sem escorregar fácil;
- Durável;
Prós e contras de cada tipo de tábua
Madeira
Vantagens
- Possui facilidade de corte;
- Não escorrega;
- É durável;
- Possui baixo custo.
Desvantagem
- É de difícil limpeza e desinfecção, por isso são as mais perigosas para a saúde.
Por quê?
- Apresenta na superfície microcavidades. Quando os alimentos são colocados na tábua de madeira, diferentes resíduos e bactérias são depositados nesses vãos.
- Durante esse processo, conhecido como capilarização, muitos microrganismos entram nessas pequenas cavidades, de onde é impossível retirá-los, pois eles se alojam na madeira como se fossem verdadeiros moradores.
- Ou seja, os processos convencionais de desinfecção (água sanitária ou água fervente) não têm efeito adequado para a higienização das tábuas de madeira.
- Dentro da madeira, os microorganismos encontram temperatura e umidade ideais para crescer e se reproduzir, dando início à formação de colônias.
- Uma vez instalados na madeira, os microorganismos e bactérias, dentre elas a salmonella (grupo bacteriano encontrado geralmente em alimentos de origem animal, como carnes, ovos e leite) podem contaminar os alimentos que passam pela tábua.
Tábua de plástico
Vantagens
- Facilidade de limpeza;
- Facilidade de desinfecção;
- Facilidade de corte;
- Não escorrega facilmente.
Desvantagem
- O material permite a ocorrência de ranhuras causadas pela faca, então, é preciso fazer a higienização logo após o uso para evitar proliferação de bactérias.
Dica esperta da BBel
Uma dica bacana para evitar contaminação cruzada é ter uma tábua de cada cor para grupos de alimentos, por exemplo, verde para legumes e verduras, vermelha para carnes cruas, branca para alimentos cozidos, amarela para aves…
Tábua de vidro
Vantagens
- Fácil de limpar e desinfetar;
- Não permite ranhuras que podem ser um meio de proliferação de bactérias.
Desvantagens
- Escorrega facilmente;
- É mais cara;
- O vidro temperado não é reciclável e não é durável;
- O corte de alimentos nesse tipo de tábua faz com que as facas percam o fio do corte rapidamente.
Dicas espertas
- Não coloque alimentos cozidos em uma tábua que teve contato com carnes ou vegetais crus. Isso pode ocasionar contaminação cruzada.
- Nunca use um pano como base da placa de corte, “PARA NÃO ESCORREGAR”, pois isto possibilita o crescimento de inúmeros microrganismos, inclusive patogênicos.
Atenção: se a tábua de policarbonato tiver bisfenol em sua composição, pode ser cancerígena. Dê preferência às de acrílico ou polipropileno.
Como limpar tábuas de corte corretamente
Máquina de lavar louça
Esta técnica é muito boa, no entanto, precisa confirmar se a sua máquina atinge uma temperatura de enxágue de 70 a 75°C. A informação pode ser comprovada no manual técnico do produto.
Manual
- Tábua de plástico: lave com água quente e sabão neutro com esponja normal.
- Tábua de vidro: basta utilizar água e sabão para retirar os resíduos de alimentos.
Como desinfetar tábua de corte
As placas devem ser higienizadas imediatamente após o uso. É importante salientar que nunca se desinfeta material sujo, mas sim, material limpo. Veja duas opções de limpeza:
- Um método eficaz para higienizar as tábuas de cozinha é mergulhá-las em uma solução com 150mL de Cloro Gel para 5 litros de água. Deixe a solução agir por 10 minutos, enxágue a tábua com água em abundancia e deixe-a secar naturalmente, em posição vertical, no escorredor de pratos.
- Molhe a placa inteira com vinagre branco e deixe escorrer; não é necessário enxaguar.
Fontes: Dr Bactéria (Roberto Figueiredo), Daniéli Chela, nutricionista e professora na FACOP, Heloísa Sundfeld, diretora do Help Personal Assistant, Gustavo Johanson, médico infectologista, Carolina Graciano, especialista de pesquisa e desenvolvimento da Unilever.