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O melhor tipo de vidro para cada ambiente da casa

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O vidro é um recurso cada vez mais usado na arquitetura quando a intenção é integrar ambientes entre si ou com a área externa e iluminar espaços. Além das aplicações usuais, como em tampos de mesas e bancadas, janelas convencionais e box de banheiros, as chapas de vidro podem se transformar em escadas, substituir paredes, servir como portas e até como revestimento. Cada um desses usos, no entanto, vai demandar tipos de vidros com espessuras e tratamentos diferentes.

Condições para uso

A espessura da peça vai depender da localização da obra, tipo de fixação e dimensões. A localização do imóvel é importante porque a velocidade do vento em cada local vai exigir do vidro graus de resistência diferentes. É por isso, por exemplo, que o mesmo tamanho de vidro pode ser mais espesso e caro para uma varanda no décimo andar do que em uma no primeiro andar.

Por outro lado, quando ele é instalado sem caixilhos, estruturas de alumínios que funcionam como uma moldura para o vidro, também vai precisar ser mais espesso. Neste tipo de fixação o vidro é chamado de autoportante. Além disso, quanto maior for a área total da chapa de vidro a ser instalada, maior será sua espessura.

Além da espessura, o local de instalação e o tipo de fixação do vidro também vão demandar que ele seja laminado ou temperado, por exemplo.

Medidas

O mercado adota duas medidas padrões para a fabricação de chapas de vidro: 2,2 x 3,2 ou 2,4 x 3,2 metros. Quem quiser construir divisórias ou paredes de vidro ainda mais contínuas pode optar pela medida 3,6 x 6 metros, chamada de chapa jumbo. Neste caso a espessura mínima será de 20 milímetros. A chapa jumbo costuma ser feita por encomenda e custa em média duas vezes e meio mais do que as chapas de tamanho padrão.

Laminados

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Vidros usados acima do pavimento térreo como guarda-corpo em varandas e escadas, em vidraças externas sem proteção e parapeitos precisam obrigatoriamente ser laminados, de acordo com a norma 1799 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Vidros laminados são aqueles que têm uma película interna que serve para impedir que a peça se estilhasse em caso de quebra.

Os vidros temperados são obrigatórios quando a fixação será sem o uso de caixilhos, ou seja, quando o vidro é autoportante. Este tipo de vidro passa por um processo de choque térmico durante a fabricação que o torna cinco vezes mais resistente do que o vidro comum.

Temperados

Os vidros temperados de 8 milímetros são os mais indicados para o box de banheiros e divisórias internas entre ambientes. Vidros comuns de 4 a 6 milímetros são suficientes para janelas convencionais de casas, enquanto para prédio os temperados costumam ser os mais usados.

Embora o acabamento incolor seja o mais recorrente, os vidros comuns, laminados e temperados podem ser fabricados em diversas cores. No caso dos laminados, a versão mais barata e com mais diversidade de tons é aquela cuja película interna do vidro é colorida. Quando a coloração está na massa do vidro os tons padrões no mercado são incolor, verde, cinza, também conhecido como fumê, bronze e azul.

Termoacústicos

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Recorrer a vidros no lugar de paredes externas de alvenaria, varandas e fachadas ainda pode ser uma boa medida para tornar o imóvel mais sustentável. Além de colaborar com a eficiência da energia permitindo o uso da iluminação natural nas casas, os vidros com controle solar diminuem a necessidade do ar condicionado e também aumentam o isolamento acústico do ambiente.

Os vidros duplos são os mais eficientes para a função termoacústica. Eles são feitos com duas camadas de vidros intercaladas por uma câmara de ar, que reduz a transmissão de som e calor para o ambiente. Outra opção para casos em que não há índice alto de ruído, é usar o vidro laminado com uma película especial, mais espessa do que a comum. Esta versão é mais barata do que o vidro duplo e pode ser instalada em qualquer tamanho.

Outros tipos de vidro com controle solar são os metalizados, que refletem os raios solares e também mantém a privacidade do ambiente, pois impedem que o interior do espaço seja visualizado. A versão mais moderna destes vidros é chamada de Low-e. A diferença é que ele barra apenas os raios infravermelhos do sol, mantendo a luminosidade natural no ambiente.

Impressos

Outra opção para manter a privacidade de ambientes separados por vidros é usar os do tipo impresso. Ainda na fábrica os vidros impressos são carimbados por um rolo de aço com estampas, que imprime desenhos ao vidro. Este tipo não é transparente, por isso não permite a visualização de um lado para o outro, mas mantém a luminosidade nos espaços. Os vidros impressos podem ter acabamento brilhante, fosco, esmaltado ou texturizado. Em relação ao vidro incolor comum, os impressos são entre 20% e 40% mais caros.

Um lançamento da PKO para garantir a privacidade dos ambientes envidraçados é o Privacy Glass. Este modelo de vidro tem uma película interna de LCD acionada por eletricidade. Quando está desligada, as moléculas da película ficam desordenadas e impedem a passagem da luz. Visualmente, o vidro parece branco. Quando a película é ligada, as moléculas se alinham, permitindo a passagem da luz e o aspecto incolor e transparente do vidro retorna.

 

Fontes: Danila Ferrari, gerente de engenharia da Fanavid, empresa que atua no beneficiamento de vidros; Rebeca Andrade, arquiteta da PKO, empresa que atua no mercado de vidro; José Joaquim Miguel, presidente da Ideia Glass, empresa especializada em boxes.

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