Embora muitas pessoas comecem a tirar os planos de reforma da casa do papel no fim do ano, o período de verão e principalmente os meses de novembro e dezembro não são os mais indicados para iniciar as obras. Isso se deve pela alta demanda por mão de obra e materiais de construção, além da temporada de chuvas.
Final de ano
Quem deixa a reforma para o final do ano precisa estar preparado para lidar com os inconvenientes da alta procura por materiais de construção. Devido ao momento aquecido da construção civil, existem fornecedores que deixam de fazer entrega após a primeira quinzena de outubro e os que seguem entregando, mas acabam atrasando os pedidos por causa do acúmulo de compras. O maior risco neste caso é passar as festas de fim de ano com a casa em reforma por causa dos atrasos no cronograma.
Época de chuvas
Além da questão da alta demanda, este também é o período de chuvas na maior parte do país, o que interfere não apenas nas reformas de áreas externas. Fazer a pintura interna das residências em épocas de grande umidade do ar acaba fazendo com que a tinta demore mais para secar, resultando em intervalos maiores entre cada demão.
Em períodos chuvosos, mesmo que a tinta pareça seca ao toque, o acabamento pode ser prejudicado entre uma demão e outra. Os revestimentos feitos de pequenas peças, como as pastilhas de vidro, podem ter o assentamento dificultado pela forma mais líquida da argamassa, que também leva mais tempo para secar na época de chuvas.
De fevereiro a outubro
Planejar a reforma para começar logo após as festas de fim de ano e terminar no máximo em outubro é a melhor escolha para quem quer evitar dor de cabeça e altos custos. Neste período geralmente acontecem promoções no setor de acabamento, que são os materiais que mais podem encarecer a obra. Vale lembrar também que em março a frequência das chuvas começa a diminuir.
Portanto, as reformas feitas entre o começo do ano e outubro podem sair mais em conta. Os meses de janeiro, fevereiro e julho, por serem épocas de férias, trazem a vantagem da família alinhar a obra com os dias de viagens e não precisar conviver com o quebra-quebra.
Quando as modificações vão ocorrer basicamente na parte externa da casa, como pintura de fachadas, troca de telhado e construção de piscina, por exemplo, o período de inverno e estiagem é o ideal.
Reforma demorada
Quando a reforma vai envolver obras internas, externas e demandar um espaço maior de tempo para ser concluída, o indicado é que se comece pelo interior do imóvel, mas mesmo neste caso é possível adequar o cronograma para que o trabalho não seja interrompido no período de chuvas. A solução seria trabalhar toda a área externa antes e deixar o assentamento de pisos e revestimentos, assim como o reboco das paredes para o período de chuvas. A fase de projeto também precisa ser incluída no planejamento da reforma da casa.
Construção de piscina
Quando o assunto é a construção de uma piscina, novamente o melhor período para iniciar a obra é o mês de julho, ainda mais porque a intenção é que ela esteja pronta para ser usada no verão. A construção deste tipo de equipamento de lazer demora em média cinco meses.
Antes da obra começar é preciso fazer o projeto e a aquisição de materiais. Depois disso, já na fase de obras, deve-se considerar o tempo necessário para a secagem do concreto e a aplicação de impermeabilizantes.
Planejamento demanda tempo
Para se certificar de que todo o cronograma seja seguido e que as pessoas possam realmente saber quando a obra vai começar, é necessário considerar o tempo de elaboração do projeto da reforma. Os proprietários devem contratar os profissionais que ficarão responsáveis pelo projeto com pelo menos dois meses de antecedência da data em que querem que a obra seja iniciada. Em qualquer reforma, quanto mais detalhes sejam definidos nesta fase, melhor será para a otimização da obra.
A recomendação é que o projeto seja contratado com seis meses de antecedência para que haja tempo suficiente para fazer o orçamento detalhado dos materiais. Por exemplo, um apartamento de 100m² em que todos os ambientes seriam reformados, com a reforma no encanamento e na parte elétrica, demoraria em média um mês para a fase de projetos e três meses da obra em si.
Fontes: Arquiteto Gabriel Garbin, do escritório Gabriel Garbin Arquitetura; Fernanda Warde e Andreia Sabbato, sócias do escritório Warde e Sabbato Interiores; Matheus Mehler, do escritório Mehler Arquitetura; Jorge Gondo, arquiteto da Praquemarido, franquia especializada em reforma e obras de manutenção residencial.