As fechaduras digitais são um item de segurança eletrônica comum em estabelecimentos comerciais, mas o uso deste tipo de dispositivo em residências ainda não é popular no Brasil. Este tipo de fechadura substitui as tradicionais chaves por senhas, leitura de impressões digitais e cartões. Poucas pessoas sabem que esta mesma tecnologia que é usada em lojas e escritórios, e pode ser aplicada em suas casas para controlar a entrada e saída de pessoas.
Item se tornou popular recentemente
Os dados colhidos em 2010 pela Associação Brasileira das Empresas de Sistemas de Segurança Eletrônica (ABRESE) indicam que 90% do consumo de equipamentos de controle de acesso pelo uso de cartões, número de identificação pessoal e equipamentos biométricos (impressão digital, íris, voz, palma da mão e facial) é originário do setor não-residencial.
O produto surgiu no Brasil há 11 anos, mas apenas nos últimos três tem se tornado mais procurado. Os modelos para residências são feitos para atender menor número de usuários, ao contrário dos instalados em escritórios, por exemplo.
Tipos de fechaduras digitais
O modelo ideal depende do tipo de controle de acesso desejado, do fluxo de pessoas e da necessidade de integração com outros sistemas. Em geral, os modelos para aplicação residencial são de baixo fluxo, ou seja, não precisam atender a um grande número de usuários, além de também exigirem baixa integração com outros sistemas.
Existem basicamente dois tipos de fechaduras digitais, as de sobrepor sem maçaneta e as que são embutidas com maçaneta e substituem as fechaduras mecânicas.
Como funcionam as fechaduras digitais
A fechadura digital de sobrepor é aplicada em conjunto com uma fechadura mecânica convencional e funciona como uma fechadura auxiliar. No caso de portas do tipo pivotante, ela atua em conjunto com os puxadores. Já as de embutir com maçaneta substituem totalmente as fechaduras mecânicas comuns.
Os dois tipos controlam a abertura das portas a partir de sistemas eletrônicos como a leitura de impressões digitais (biometria), senha numérica, chave digital (i-button), cartão digital ou ainda chave mecânica. Os modelos mais modernos são os que utilizam a biometria e mais de um sistema de identificação combinados, ou seja, para abrir a porta é preciso usar um cartão de segurança e uma senha ou a impressão digital e uma senha.
Algumas fechaduras digitais contam ainda com uma tecnologia conhecida como senha falsa para evitar que pessoas ou câmeras de monitoramento gravem as senhas dos moradores ao acompanhar a digitação.
Cuidados que os usuários de fechaduras digitais devem ter
- Os modelos acionados por cartões ou chaves eletrônicas devem ser utilizados com o mesmo cuidado que uma fechadura mecânica, pois qualquer um que estiver com o cartão ou chave eletrônica poderá abrir a porta. A vantagem é que o cartão ou chave eletrônica não podem ser copiados, além de poderem ser descadastrados em caso de perda ou roubo;
- As fechaduras por leitura biométrica só podem ser abertas por pessoas cujas digitais foram previamente cadastradas na memória da fechadura;
- Outros mecanismos destes equipamentos são teclado em touch-screen, guia sonoro que identifica e confirma cada operação feita na fechadura digital e facilita o uso dela por pessoas portadoras de deficiência, alertas que disparam caso o equipamento sofra uma tentativa de violação e função antipânico, que promove a abertura rápida da porta em emergências;
- Nem todos os modelos de fechaduras digitais podem ser integrados com sistemas de alarme. O equipamento é capaz de garantir a segurança da casa sozinho, mas de acordo com a necessidade do cliente pode ser ligado a alarmes ou com sistemas de automação residencial.
Fonte: Siegfried Jorge, gerente de marketing e produtos da YALE La Fonte, empresa fabricante de fechaduras digitais.