Shutterstock/Adriano Castelli
Mudar a decoração da casa pode ser uma boa deixa para começar uma coleção de arte. Ao invés de usar reproduções de quadros e fotografias para adornar os ambientes, você pode garimpar peças assinadas, que nem sempre exigem grandes somas de dinheiro para serem adquiridas.
Qual estilo de arte comprar?
O primeiro passo para começar essa empreitada é passar a frequentar museus, exposições e galerias de arte, como explica Bianca Cutait, consultora de arte. "A primeira coisa é a pessoa saber o que ela gosta, e então definir o valor que vai investir. Quem vai começar uma coleção precisa frequentar museus e galerias para saber o que existe e então definir o que quer", destaca Bianca.
O arquiteto Tulio Xenofonte tem o hábito de garimpar peças e objetos de arte para os projetos que elabora. Ele aconselha que se priorize as obras que causam emoção e argumenta que as peças de arte não precisam combinar com a decoração. "Arte não tem uma regra, acho que você tem de procurar o que te emociona, não tem de combinar com a decoração", comenta.
O arquiteto menciona que existem as peças de arte assinadas, que são únicas, como pinturas e desenhos a lápis, e as seriadas, como gravuras, xilogravuras e algumas esculturas. "Se a pessoa está interessada em começar uma pequena coleção, é importante ela procurar uma galeria que trabalhe com jovens artistas e ver qual o trabalho que a emociona", orienta.
Shutterstock/Losevsky Photo and Video
Assim como as obras de artistas recém-chegados às galerias, as fotografias e gravuras são as peças de arte mais acessíveis para quem quer começar a coleção aplicando pouco dinheiro. "Você pode começar por gravuras e fotos, que são trabalhos seriados. Geralmente o artista já prevê que vai imprimir 100 ou 200 cópias daquele trabalho, que então costuma ter um valor mais acessível. Você encontra gravuras e fotografias na galeria Monica Filgueiras, em São Paulo, que é especializada em divulgar jovens artistas, por preços em torno de R$ 300 e R$ 500 reais, por exemplo", comenta Tulio Xenofonte.
Independe de serem peças únicas ou seriadas, o valor das obras de arte sempre será determinado também pela qualidade técnica e reconhecimento do artista. Priorizar jovens artistas é uma dica importante por causa do potencial de valorização dos trabalhos. Bianca Cutait comenta que uma peça de arte adquirida por um valor acessível pode ser vendida por um preço maior e viabilizar a aquisição de novas obras para a sua coleção.
Buscar as novidades nas escolas de arte também pode ser um caminho, já que as faculdades costumam organizar exposições periódicas reunindo o trabalho de seus estudantes. Mas garimpar jovens artistas diretamente nas universidades exige um olhar mais apurado. "São jovens artistas que ainda estão estudando, não estão inseridos no mercado. Você vai precisar ter olhar para identificar um jovem talento que vai seguir a carreira depois de se formar. A partir do momento em que o artista passa a ser representado por uma galeria, alguém já teve esse olhar técnico. Investir em um artista que não tem representação por uma galeria é uma loteria", argumenta Tulio Xenofonte.
Projeto Marina Linhares / Foto Renato Trentini
Galerias virtuais
Também é possível garimpar e comprar obras de arte pela internet e parcelar o pagamento. A Motor é uma galeria virtual que funciona no Brasil desde o fim de 2009 com obras de jovens artistas e também trabalhos de artistas já consagrados, com preço mais acessível do que em galerias físicas. A parceria com a loja virtual submarino permite que o pagamento das obras seja parcelado em até doze vezes no cartão de crédito. "Os artistas que participaram desde projeto aceitaram ceder alguns trabalhos, não são todos, para serem representados pela galeria Motor", explica Túlio.
A galeria Choque Cultural, em São Paulo, focada em arte urbana, é outra que adotou a versão virtual e mantém uma loja no Facebook. Bianca Cutait adverte que o comprador precisa ter cuidado ao selecionar obras pela internet, porque o impacto visual das peças é diferente. A galeria Motor, por exemplo, deixa claro na página eletrônica que as obras reproduzidas no site podem apresentar diferença nas cores e não serem fiéis à obra física.
Contrate um consultor de arte
Quem tiver um pouco mais de dinheiro para investir ou não se sentir preparado o suficiente para garimpar peças de arte pode contar com a mediação de um consultor de arte. Bianca Cutait explica que esses profissionais, já que tem um olhar técnico e estão inseridos no mercado de arte, buscam as obras dentro da faixa de preço estipulada e que estejam de acordo com o gosto e preferências do cliente.
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