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Embora muitas pessoas comecem a tirar os planos de reforma da casa do papel no fim do ano, o período de verão e principalmente os meses de novembro e dezembro não são os mais indicados para iniciar as obras. Isso se deve pela alta demanda por mão de obra e materiais de construção, além da temporada de chuvas.
O arquiteto Gabriel Garbin, do escritório Gabriel Garbin Arquitetura, afirma que quem deixa a reforma para o final do ano precisa estar preparado para lidar com os inconvenientes da alta procura por materiais de construção. Devido ao momento aquecido da construção civil, ele explica que existem fornecedores que deixam de fazer entrega após a primeira quinzena de outubro e os que seguem entregando, mas acabam atrasando os pedidos por causa do acúmulo de compras. Para as sócias Fernanda Warde e Andreia Sabbato, do escritório Warde e Sabbato Interiores, o maior risco neste caso é passar as festas de fim de ano com a casa em reforma por causa dos atrasos no cronograma.
Além da questão da alta demanda, este também é o período de chuvas na maior parte do país, o que interfere não apenas nas reformas de áreas externas. Os arquitetos mencionam que fazer a pintura interna das residências em épocas de grande umidade do ar acaba fazendo com que a tinta demore mais para secar, resultando em intervalos maiores entre cada demão.
Matheus Mehler, do escritório Mehler Arquitetura, em Campinas (SP), destaca que em períodos chuvosos, mesmo que a tinta pareça seca ao toque, o acabamento pode ser prejudicado entre uma demão e outra. Ele também afirma que os revestimentos feitos de pequenas peças, como as pastilhas de vidro, podem ter o assentamento dificultado pela forma mais líquida da argamassa, que também leva mais tempo para secar na época de chuvas.
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Na opinião dos arquitetos, planejar a reforma para começar logo após as festas de fim de ano e terminar no máximo em outubro é a melhor escolha para quem quer evitar dor de cabeça e altos custos. Matheus Mehler menciona que neste período geralmente acontecem promoções no setor de acabamento, que são os materiais que mais podem encarecer a obra. Vale lembrar também que em março a frequência das chuvas começa a diminuir.
Fernanda Warde e Andreia Sabbato também compartilham a opinião de que as reformas feitas entre o começo do ano e outubro podem sair mais em conta e acrescentam que os meses de janeiro, fevereiro e julho, por serem épocas de férias, trazem a vantagem da família alinhar a obra com os dias de viagens e não precisar conviver com o quebra-quebra.
Quando as modificações vão ocorrer basicamente na parte externa da casa, como pintura de fachadas, troca de telhado e construção de piscina, por exemplo, o período de inverno e estiagem é o ideal na opinião dos profissionais.
Segundo os arquitetos, quando a reforma vai envolver obras internas, externas e demandar um espaço maior de tempo para ser concluída, o indicado é que se comece pelo interior do imóvel, mas mesmo neste caso é possível adequar o cronograma para que o trabalho não seja interrompido no período de chuvas. Matheus Mehler explica que a solução seria trabalhar toda a área externa antes e deixar o assentamento de pisos e revestimentos, assim como o reboco das paredes para o período de chuvas. A fase de projeto também precisa ser incluída no planejamento da reforma da casa.
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Quando o assunto é a construção de uma piscina, novamente o melhor período para iniciar a obra é o mês de julho, ainda mais porque a intenção é que ela esteja pronta para ser usada no verão. Para Jorge Gondo, arquiteto da Praquemarido, franquia especializada em reforma e obras de manutenção residencial, a construção deste tipo de equipamento de lazer demora em média cinco meses.
Ele ressalta que antes da obra começar é preciso fazer o projeto e a aquisição de materiais. Depois disso, já na fase de obras, deve-se considerar o tempo necessário para a secagem do concreto e a aplicação de impermeabilizantes.
Os arquitetos destacam que para se certificar de que todo o cronograma seja seguido e para que as pessoas possam realmente saber quando a obra vai começar, é necessário considerar o tempo de elaboração do projeto da reforma. Para Jorge Gondo, os proprietários devem contratar os profissionais que ficarão responsáveis pelo projeto com pelo menos dois meses de antecedência da data em que querem que a obra seja iniciada. O arquiteto afirma que em qualquer reforma, quanto mais detalhes sejam definidos nesta fase, melhor será para a otimização da obra.
A recomendação do arquiteto Gabriel Garbin é que o projeto seja contratado com seis meses de antecedência para que haja tempo suficiente para fazer o orçamento detalhado dos materiais. As arquitetas Fernanda Warde e Andreia Sabbato dão o exemplo de um apartamento de 100m² em que todos os ambientes serão reformados. "Com reforma no encanamento e na parte elétrica, demoraria em média um mês a fase de projetos e três meses de obra em si", avaliam.
Saiba também como contratar a mão de obra para a construção da casa.
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ERLEI - 12/07/2012
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