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Condomínios devem integrar arquitetura e segurança patrimonial

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Muitos síndicos e moradores de condomínios já sabem que não adianta equipar o prédio com dispositivos eletrônicos de segurança sem, ao mesmo tempo, treinar funcionários e padronizar hábitos de moradores quanto ao recebimento de entregas e visitas, por exemplo. O que muitas vezes não se fala quando o tema é segurança patrimonial em condomínios é que a instalação de equipamentos de segurança precisa seguir um projeto orientado por consultores e ser integrada com o perfil arquitetônico do edifício.

Arquitetura e segurança

Na prática observa-se que as pessoas ainda não conhecem bem os consultores de segurança e acabam imitando os modelos de outros condomínios ou buscando orientação com os próprios instaladores.

  • Também de maneira equivocada a segurança dos edifícios se apoia principalmente nos equipamentos eletrônicos, alguns compreendem que um grande arsenal tornará o edifício mais seguro, embora medidas simples e bem pensadas possam trazer muito mais segurança ao local. A prevenção é sempre a melhor solução, e ela é alcançada por meio de um planejamento equilibrado entre o projeto arquitetônico, segurança eletrônica e o controle operacional;
  • O projeto arquitetônico e a segurança eletrônica deveriam ser sempre integrados ainda em projeto, pois assim o sistema como um todo se torna mais eficaz, possibilitando a diminuição de uso de equipamentos;
  • Caso o projeto arquitetônico do prédio não seja pensado já levando em consideração a segurança do patrimônio pode acabar evidenciando pontos vulneráveis em um condomínio;
  • De maneira geral, os pontos de maior preocupação são quase sempre com o perímetro da portaria e o da entrada e saída de veículos.

Vigilância natural

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Uma das medidas que a arquitetura deve tomar para abranger as necessidades de segurança do edifício é sempre privilegiar a vigilância natural. Isso significa permitir uma boa visibilidade para a movimentação que acontece do lado externo do edifício. Pode-se ter bons resultados prevendo as guaritas em locais onde se possa monitorar o acesso de pedestres e automóveis ao mesmo tempo.

Outros elementos como o fechamento da parte frontal do edifício por meio de grades e vidros, por exemplo, auxiliam a vigilância e transparência. No paisagismo recomenda-se utilizar vegetações baixas. A iluminação dos acessos e da calçada também é essencial para o auxílio da segurança.

Edifícios sem vigilância natural

Para prédios cuja arquitetura não contempla essas especificações, uma reforma não é uma ideia ruim. As interferências arquitetônicas podem ser feitas com a aprovação da assembleia de moradores. Se a convenção do condomínio não for clara em relação ao que pode ou não ser modificado, o síndico deve decidir em assembleia as alterações e a instalação dos equipamentos.

É indicado que as câmeras e alarme sejam instalados seguindo a orientação de profissionais de segurança. Um profissional devidamente capacitado pode identificar pontos importantes que o síndico ou os moradores podem não notar. É importante contratar uma empresa de segurança especializada, sempre buscando referências e certificando-se de sua idoneidade.

Estes especialistas realizam um trabalho fundamentado na análise de riscos para posteriormente recomendar quais medidas de segurança deverão ser implantadas no edifício. Cada edifício possui suas particularidades tais como características de projeto, ruas e bairros onde estão implantados, normas internas, características do grupo de moradores e funcionários. O bom consultor leva em conta todos estes itens na hora da avaliação, para posteriormente traçar um plano de segurança para o edifício.

Fontes: Arquiteta e mestre em segurança patrimonial de edifícios pela Universidade de São Paulo (USP), Katia Beatris Rovaron Moreira; Omar Anauate, diretor de condomínio da Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios (AABIC).

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