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Soluções para tornar sua casa sustentável

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Se você e sua família já adotam hábitos sustentáveis como reciclar o lixo, poupar água, energia, dar o destino correto aos equipamentos eletrônicos e óleo de cozinha, por que não implantar na residência soluções que possam diminuir ainda mais o impacto que ela e seus moradores causam sobre o meio ambiente?

Incentivos

  • Muitas cidades têm criado incentivos fiscais para que seus moradores incluam nas construções estes itens de sustentabilidade;
  • Em Niterói (RJ), por exemplo, todos os edifícios com mais de 500 m² são obrigados por lei a ter sistemas de aproveitamento da água dos chuveiros, banheiras, tanques, máquinas de lavar e lavatórios, conhecidas como águas cinzas;
  • Em Curitiba (PR), a prefeitura concede descontos no IPTU para quem mantiver áreas de bosque nativo e certos tipos de árvores no terreno.

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Veja no vídeo como a prefeitura de Guarulhos (SP) mudou a lei do IPTU para favorecer construções sustentáveis.

Telhado verde

  • Telhado verde significa a implantação de uma cobertura vegetal, com grama e flores, por exemplo, sobre a laje tradicional de residências e prédios;
  • A vegetação contribui para o isolamento termoacústico das construções, também auxilia a equilibrar a umidade relativa do ar no entorno da residência, além de melhorar a absorção da água da chuva;
  • Caso você pretenda implantar um telhado deste tipo em sua casa, o primeiro passo é procurar um profissional capacitado para avaliar se a estrutura está apta para receber a cobertura ecológica;
  • A instalação pode ser feita sobre laje ou telha cerâmica.

Energia solar

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  • A tecnologia de aquecimento solar é a maneira de usar a energia do sol mais acessível no Brasil. Ela serve para substituir a energia elétrica no aquecimento da água do chuveiro;
  • O sistema é formado basicamente por coletor solar, reservatório térmico e tubulações;
  • O investimento do custo é recuperado em média após três anos, com a economia na conta de energia elétrica.

Energia passiva

  • Utilizar energia passiva significa projetar prédios e residências de maneira a aproveitar os recursos e elementos naturais presentes no local da edificação, pegando “carona” no seu potencial energético gratuito;
  • A luz do sol, por exemplo, pode fornecer iluminação e aquecimento natural e o vento, servir como dissipador de calor. Com isso, o consumo de energia elétrica diminui, assim como a necessidade de equipamentos de climatização;
  • Mesmo em casas já existentes é possível seguir este conceito, basta colocar novas janelas, proporcionando a ventilação cruzada;
  • O sombreamento, pode ser feito por meio de um projeto paisagístico. Árvores de folha caduca bloquearão o sol no verão e permitirão a sua passagem nos dias frios de inverno;
  • A presença de beirais ou brises evitarão a incidência solar direta em janelas com grande exposição, mantendo o ambiente interno fresco;
  • Para quem está com a casa em fase de projeto, é indicado orientar a construção de forma a que a posição da residência no terreno se adeque:
    • Ao máximo ao ciclo solar;
    • Ao regime de ventos;
    • Ao perfil natural do local.
  • Isso permite, entre outras coisas, aproveitar a iluminação natural e gratuita por maior tempo, além de dispor as aberturas de modo a permitir ventilação cruzada e economizar em terraplanagens, fundações e estrutura.

Reuso de água

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  • A água usada em residências para lavar roupas, higienizar as mãos e tomar banho pode ser reutilizada para outros fins, como:
    • Lavar o quintal;
    • Lavar o carro;
    • A abastecer a descarga;
    • Tarefas que não exigem obrigatoriamente o uso de água potável.
  • Um sistema de reuso de água é composto por reservatório, tanque de tratamento e por duas tubulações:
    • A primeira tubulação vai captar a água do chuveiro e da lavanderia após o uso e encaminhá-la ao tanque de tratamento;
    • A segunda vai transportar a água tratada para os pontos de uso.
  • O tratamento é feito em um tanque de fibra de vidro que pode ser aterrado ou suspenso na propriedade;
  • A água é limpa usando seus próprios micro-organismos e o único produto químico utilizado é o cloro, adicionado ao final do processo;
  • É mais fácil implantar o sistema de reuso de água em novas construções, ainda na fase de projeto;
  • Com a economia na conta de água, os prédios conseguem ter retorno do investimento entre um e dois anos depois da implantação.

Captação de água da chuva

  • Se você não pretende investir no reuso de água, um sistema de captação da água da chuva é uma alternativa;Assim como a de reuso, a água da chuva pode ser usada para:
    • Lavagem de áreas externas;
    • Lavagem do carro;
    • Regar o jardim;
    • Completar o nível da piscina.
  • O kit de captação é composto por barril de água, coletor e filtro;
  • Uma vantagem deste sistema é o fato de a tubulação que leva a água captada para a torneira poder ser independente da rede hidráulica da residência, isso torna a instalação mais simples.

Revestimentos permeáveis

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  • Manter o solo permeável é importante para aumentar a velocidade de escoamento da água da chuva, além de ajudar a evitar ou a deixar as enchentes menos intensas;
  • Para adotar essa solução ecológica em sua casa, basta escolher revestimentos como os pisos de concreto intertravado para a garagem e calçada, eles permitem que a água penetre no solo;
  • Este tipo de piso é assentado diretamente sobre terra e preenchido com brita de pneu ou grama, no caso do revestimento vazado;
  • Caso o seu quintal seja de concreto, essa cobertura vai precisar ser removida;
  • Existem outros tipos de revestimentos drenantes feitos a partir de concreto e fibras naturais e minerais. Esta opção é mais indicada para a calçada, pois pode ser danificada pela movimentação de automóveis.

Árvores na calçada

  • Cultivar árvores na calçada ajuda tanto a manter um espaço de solo permeável quanto a minimizar os efeitos das mudanças climáticas;
  • A arborização em áreas urbanas, no entanto, precisa ser planejada. É necessário levar em consideração:
    • A identidade da cidade;
    • Os aspectos relativos à sombreamento, abrigo e alimento para a avifauna;
    • Diversidade biológica;
    • Diminuição da poluição;
    • Melhoria das condições urbanísticas.
  • O primeiro passo é fazer um levantamento completo sobre o local onde você mora;
  • É preciso observar, entre outras informações:
    • A vegetação arbórea e as características da via a ser arborizada;
    • Largura do passeio;
    • Existência ou não de recuo nas residências;
    • Instalação e equipamentos existentes, como postes, placas, telefones, fiação, bueiros, gás encanado, cabos de fibra óptica ou tubulações.
  • Pata-de-vaca, flamboyantzinho, calistemom, resedá e pitangueira são algumas espécies de pequeno porte que podem ser cultivadas em calçadas;
  • É importante que o canteiro tenha 2m² e que o espaço para o trânsito de pedestres seja ao menos de 1,2 m;
  • As figueiras e os flamboyants não são indicados, pois danificam os passeios.

Fontes: Especialista em bioarquitetura Juliana Boer, da Cria Arquitetura; Empresa Ecotelhado; Dasol, Departamento Nacional de Aquecimento Solar, vinculado à ABRAVA (Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-Condicionado, Ventilação e Aquecimento); Arquiteta especialista em sustentabilidade Martha Nader, da Ecohabitar Arquitetura e Construção; Sibylle Muller, diretora da Acquabrasilis; Empresa Aquastock; Paisagista técnico e decorador, Alexandre Zebral. 

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