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Devo contratar um arquiteto ou designer de interiores?

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Ao pensar em reformar ou redecorar a casa surge uma dúvida além daquela sobre o que mudar. Afinal, para a reestruturação deve ser contratado um arquiteto ou um designer de interiores? Para obter a resposta é preciso ter a ideia inicial do projeto.

Limitações profissionais

A diferença entre os profissionais que executarão o serviço está nas restrições impostas conforme a área de atuação. Essas limitações são garantidas pela legislação que regulamenta as profissões dos arquitetos e engenheiros.

Atuação do design de interiores

  • O design de interiores ainda não é reconhecido como uma profissão regulamentada e o principal entrave encontrado pelos profissionais é em relação à proibição de mexer com a estrutura física do ambiente, como derrubar ou construir paredes. Toda alteração estrutural do ambiente precisa passar por um profissional de arquitetura ou engenharia civil;
  • O designer deve definir a concepção do espaço existente e pensar no bem-estar das pessoas que vão estar nesses ambientes projetados. Algumas pessoas não dão importância, mas uma cadeira confortável e uma iluminação que proporcione bem-estar não são por acaso. Esses pontos foram pensados pelos designers. Bem-estar é a base do design de interiores;
  • O atendimento pessoal, personalizado e humanizado é uma característica que se destaca nos profissionais de design de interiores;
  • Uma característica que marca a diferença dos projetos de designers de interiores e arquitetos, é a riqueza de detalhes. O designer tem como característica ser mais detalhista enquanto o arquiteto projeta ambientes mais limpos, sem carregar nos elementos.

Atuação do arquiteto

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  • Pensar nas necessidades do cliente como circulação, conforto, linguagem e textura é função que pertence tanto aos profissionais de arquitetura quanto aos designers de interiores;
  • A formação do arquiteto possui uma gama de informação muito grande, o que acaba por restringir as horas de aula destinadas para a decoração de interiores. Por esse motivo não há espaço para o “canibalismo” entre esses profissionais, pois um acaba se tornando o complemento do outro;
  • É importante advertir que apenas arquitetos e engenheiros podem fazer alterações na estrutura elétrica e hidráulica dos ambientes, o que inclui a derrubada ou construção de novas paredes;
  • Legalmente, a execução do projeto só pode ser feita pelo arquiteto, porém, a legislação que trata do assunto não coloca essa atividade como uma prerrogativa exclusiva da classe;
  • Todo projeto de modificação de ambientes que envolva aspecto civil deve ser feito por um arquiteto. O projeto geralmente nasce na prancheta do arquiteto, logo, é natural que seja ele o profissional responsável por coordenar a equipe que vai dar forma para a ideia que está no papel;
  • O profissional de arquitetura é o mais habilitado para entender as necessidades do cliente, pois como precisa saber um pouco de cada área envolvida na construção, possui um olhar amplo em relação ao resultado final do projeto.

Fontes: Anna Rezende Galeotti, arquiteta e coordenadora do curso de design de interiores da universidade Anhembi Morumbi; Boris Madsen Cunha, arquiteto e diretor técnico administrativo da Willer Arquitetos Associados; Gislaine Vargas Saibro, arquiteta urbanista e conselheira suplente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil; Jéthero Cardoso de Miranda, arquiteto urbanista e coordenador do curso de design de interiores do Centro Universitário Belas Artes de São Paulo.

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